quinta-feira, 18 de agosto de 2011

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"Quem não vive para servir ao Brasil, não serve para viver no Brasil"
Aproveite o blog , e faça um viagem no tempo !
Equipe :
  •  Yasmin Borges;
  • Jullyana Borges;
  • Bianca Nogueira;
  • Brenda Nogueira;
  • Laís Lima;
  • Emilly Suanny;
  • Fernanda Monteiro.

A nossa Pátria mãe tão distraída Sem perceber que era subtraída Em tenebrosas transações.”
CHICO BUARQUE DE HOLLANDA












Ditadura Militar - Videos , Criticas, Reportagens

 Resume os fatos mais importantes ocorridos nesse período.


O período em que a população brasileira passou tempos de tensão e proibição de liberdade de expressão, impedindo então a empresa e o povo de expressar sua opinião. Um tempo de torturas e mortes.


Comentário exibido no Jornal do Almoço em Santa Catarina em 31/11/2009. Prates fala sobre os 30 anos da Novembrada. RBS TV SC.


Joana Ferraz, professora da UNI-RIO, nos conta sobre os dois momentos da ditadura militar no Brasil.


Em 13 de março de 1964, Jango discursou na Central do Brasil para 150 mil pessoas. Ele anunciou reformas, como a nacionalização de refinarias de petróleo e a desapropriação de terras para a implementação da reforma agrária, numa tentativa desesperada de conseguir apoio popular.

Getúlio Vargas - Discurso do Dia do Trabalho de 1951


Trecho do discurso do presidente Lula durante inauguração do Centro de Referência do Trabalhador Leonel Brizola, em Brasília. Aqui, Lula lembra do dia em que foi visitar o túmulo de Getúlio Vargas em São Borja (RS).



Fim da Ditadura




Durante o governo Figueiredo, o Brasil mergulhou numa das mais graves crises econômicas e sua história. A inflação era muito alta, a dívida externa assombrosa e as dívidas públicas do governo muito maiores que sua arrecadação.
A sociedade canalizou seu enorme descontento para com o governo militar organizando uma gigantesca campanha em favor das eleições diretas para presidente da República.A Campanha pelas Diretas foi um dos maiores movimentos político-populares da nossa história. Nas ruas, nas praças, multidões entusiasmadas, reunidas em grandes comícios, gritavam o lema “Diretas-já!” e cantavam o Hino Nacional.Entretanto, uma série de manobras de políticos impopulares, ligados à ditadura militar, impediu a realização das eleições diretas para presidente. O principal grupo que sabotou a emenda das diretas foi liderado pelo deputado paulista Paulo Maluf. Contrariada a vontade do povo brasileiro, teve progressivamente o processo das eleições indiretas, criado pelo regime militar. Nesta fase, concorreram à presidência dois candidatos: Paulo Maluf e Tancredo Neves.Paulo Maluf era o candidato oficial do PDS, o partido do governo. Entretanto, não contavam com o apoio afetivo das forças tradicionais que estavam no poder.Tancredo Neves, governador de Minas Gerais, era o candidato de uma confusa aliança política (a Aliança Democrática) composta por ex-integrantes do PDS e membros do PMDB.Em comício popular, Tancredo Neves apresentava-se como a alternativa concreta para que a sociedade brasileira alcançasse o fim do regime militar. Tancredo dizia que iria ao Colégio Eleitoral para acabar com ele e que sua eleição seria a última eleição indireta para presidente da República.Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral reuniu-se em Brasília para escolher entre Tancredo e Maluf. O resultado da votação foi amplamente favorável a Tancredo Neves, que recebeu 480 votos contra 180 dados a Maluf e 26 abstenções.Tancredo Neves não conseguiu tomar posse da presidência da República. Doze horas antes da solenidade de posse, foi internado e operado no Hospital de Base de Brasília com fortes dores abdominais. Depois foi transferido para o INCOR – Instituto do Coração, em São Paulo. A enfermidade evoluía de forma fatal. Tancredo morreu em 21 de abril de 1985. O país foi tomado de grande comoção, em face da morte de Tancredo e das esperanças de mudança nele depositadas.O Vice-Presidente em exercício, José Sarney, assumiu de forma plena o comando da nação.

  • §  Por 458 votos na câmara e 62 no senado foi aprovada a eleição direta para presidente (mas em dois turnos);
  • §  Com apenas 32 votos contra na câmara e 2 no senado, foi aprovado o direito ao voto para os analfabetos;
  • §  Os partidos comunistas deixaram de ser proibidos;
  • §  Os prefeitos de capitais, estâncias hidrominerais e municípios considerados de segurança nacional voltariam a ser eleitos diretamente;

Campanha Diretas Já

Diretas Já foi um movimento político democrático com grande participação popular que ocorreu no ano de 1984. Este movimento era favorável e apoiava a emenda do deputado Dante de Oliveira que restabeleceria as eleições diretas para presidente da República no Brasil.


                                                                                    Manifestações populares 
Durante o movimento ocorreram diversas manifestações populares em muitas cidades brasileiras como, por exemplo, passeatas e comícios. Estes eventos populares contaram com a participação de milhares de brasileiros.



Participações 
O movimento das Diretas Já contou com o apoio de diversos políticos da época como, por exemplo, Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, José Serra, Mário Covas, Teotônio Vilela, Eduardo Suplicy, Leonel Brizola, Luis Inácio Lula da Silva, Miguel Arraes, entre outros. Teve também a participação de artistas, jogadores de futebol, cantores, religiosos, etc.

Votação e decepção popular  Em 25 de abril de 1984, a emenda constitucional da
eições diretas foi colocada em votação. Porém, para a desilusão do povo brasileiro, ela não foi aprovada. 

Eleições indiretas 
Em 15 de janeiro de 1985, ocorreram eleições indiretas e Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil. Porém, em função de uma doença, Tancredo faleceu antes de assumir o cargo, sendo que o vice, José Sarney, tornou-se o primeiro presidente civil após o regime de Ditadura Militar (1964-1985).

As eleições diretas para presidente do Brasil só ocorreriam em 1989, após ser estabelecida na
Constituição de 1988.

Processo de abertura política


Expressão usada para designar o processo de transição do Regime Militar de 1964 para uma ordem democrática, ocorrido no Brasil entre meados da década de 70 e o ano de 1985.
A partir do governo Ernesto Geisel entre 1974 e 1979, a crise econômica do país e as dificuldades do regime militar agravam-se. A alta do petróleo e das taxas de juros internacionais desequilibra o balanço brasileiro de pagamentos e estimula a inflação. Além disso, compromete o crescimento econômico, baseado em financiamentos externos. Apesar do encarecimento dos empréstimos e da enorme dívida externa, o governo não interrompe o ciclo de expansão econômica do começo dos anos 70 e mantém os programas oficiais e os incentivos aos projetos privados. Ainda assim, o desenvolvimento industrial é afetado e o desemprego aumenta.
Nesse quadro de dificuldades, o apoio da sociedade torna-se indispensável. Para consegui-lo, Geisel anuncia uma "distensão lenta, gradual e segura" do regime autoritário em direção à democracia. O processo de transição democrática é longo e ocorre com avanços e recuos. Ainda em 1974, o governo permite a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, e o partido de oposição, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), ganha as eleições.
Os militares contrários ao restabelecimento da democracia, conhecidos como "linha-dura", reagem. Aumentam os casos de tortura nos cárceres militares e, em 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzogé morto numa cela do DOI-Codi, órgão do 2º Exército, em São Paulo. A morte do metalúrgico Manuel Fiel Filho, em 17 de janeiro de 1976, também no DOI-Codi, leva à destituição do general Ednardo D''Ávila Melo do comando do 2º Exército.
Em 1977, prevendo nova vitória da oposição na eleição seguinte, Geisel fecha o Congresso Nacional, cassa parlamentares e decreta o "pacote de abril". Ele altera as regras eleitorais para beneficiar a Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido oficial, e garantir maioria parlamentar para o governo. No mesmo ano, o general linha-dura Sylvio Frota é exonerado do Ministério do Exército em função de suas manobras contra a transição democrática.
Em 1978 são proibidas greves em setores considerados estratégicos para a segurança nacional, como o de energia. Em contrapartida acaba a censura prévia a publicações e espetáculos e são revogados os atos institucionais que criaram a legislação excepcional militar. O bom desempenho da oposição nas eleições acelera a abertura política. Em 1979, o general João Baptista Figueiredoassume a Presidência da República até 1985. Sanciona a Lei da Anistia e promove uma reforma política que restabelece o pluripartidarismo.

Anistia


E... "para não dizer que não lembrei das flores..."




Arrancaram-me
o ramo de oliveira,
razão de meu vôo...
Quiseram impingir-me
outro ramo
de pseudo-paz.

Já descobri,
em meio ao dilúvio
de ódio e de guerra
em maré crescente,
minorias que cultivam
oliveiras de verdade,
símbolos fiéis
da paz verdadeira...

(Dom Hélder Cãmara
Ilustração de Henfil)


Democracia e ditadura no Brasil

Emir Sader

02.04.2006

O Brasil era um país democrático, elegia seus presidentes a cada cinco anos, durante quase 20 anos, desde que a democracia havia sido instalada no país. Havia uma multiplicidade de órgãos de imprensa - jornais, revistas, rádios, televisões -, que se expressavam sem limites. Os brasileiros podiam se organizar na forma que decidissem - sindicatos, movimentos sociais, organizações empresariais de pequenos e médios empresários, centros culturais. Havia discussão publica sobre os destinos do país, com as mais distintas opiniões sendo expressas amplamente.
As Forças Armadas se ocupavam de suas funções profissionais, a Justiça funcionava de forma independente, mesmo com todas suas precariedades, o narcotráfico era quase inexistente. Os morros e as favelas eram lugares de vida e circulação normal das pessoas. O povo se organizava cada vez mais, reivindicava seus direitos, até mesmo a baixa oficialidade das Forças Armadas - marinheiros, cabos, soldados - conquistavam o direito de se associar e eleger representantes.
A vida universitária era intensa, com destaque para grandes nomes da intelectualidade brasileira. A música - especialmente através da Bossa Nova -, o cinema - com o Cinema Novo -, o futebol - com a Copa do Mundo na Suécia -, a literatura - com Guimarães Rosa, Drummond, Manuel Bandeira, Jorge Amado, Vinicius de Morais, entre tantos -, o teatro - com o Teatro de Arena, o Oficina, o Opinião - eram mais criativos que nunca.
O Brasil não era uma sociedade justa, mas avançava nessa direção. O desenvolvimento econômico era um objetivo nacional, acompanhado de políticas de distribuição de renda. Começava um processo de reforma agrária, de reforma educacional, que iniciava um movimento de expansão da rede pública de ensino. O Brasil punha em prática uma política externa independente.
De repente, justamente pelos avanços que o país vivia, um movimento golpista, em que participaram o governo dos EUA - conforme documentos do Senado brasileiro -, o grande empresariado nacional e internacional, as Forças Armadas, grande parte da mídia, a Igreja Católica, a maioria dos principais partidos políticos, assumiu o poder do Estado pela violência e instaurou uma ditadura militar. Existia democracia, mas se acusava que o país caminharia para uma ditadura. Existia liberdade de expressão, mas se anunciava que se preparariam atos de liquidação da ''liberdade de imprensa''. Em suma, supostamente para evitar uma ditadura, instalou-se a pior ditadura que o Brasil já viveu. Destruiu-se tudo o que representasse democracia.
Entre suas primeiras medidas, para não deixar dúvidas sobre seu caráter, estiveram a intervenção em todos os sindicatos, a repressão sobre os dirigentes dessas entidades, o arrocho salarial, a abertura ao capital estrangeiro, a censura à imprensa, a ruptura de relações com Cuba.
O então ministro de relações exteriores, Juracy Magalhães, proferiu uma das mais célebres frases do Festival de Besteira que Assola o País (Febeapá), de Stanislaw Ponte Preta, o cronista da época: ''O que é bom para os EUA, é bom para o Brasil''.
O modelo econômico sofreu a virada mais concentradora de renda que o país tinha conhecido - centrando-se no consumo de luxo e na exportação. Governos fundados no arrocho salarial dão idéia do menosprezo do mercado interno de consumo de massas, fomentando a concentração de renda nos estratos altos do mercado, responsáveis por proporção crescente do consumo.
A violência e o terror foram mobilizados a serviço do aumento dos lucros das grandes empresas nacionais e estrangeiras. O desenvolvimento econômico teve amputado sua dimensão de distribuição de renda. A alta oficialidade das Forças Armadas aceitou a função de gendarme interno contra o povo e a favor das grandes corporações. A tortura, o seqüestro, as prisões arbitrárias se generalizaram, ao mesmo tempo que se multiplicavam os lucros das grandes empresas. A censura à mídia e às atividades culturais e educacionais foi transformada em regra geral. O Estado de Direito desapareceu, no bojo da ''doutrina da segurança nacional'', enquanto o Serviço Nacional de Informação (SNI) se constituía nos olhos e ouvidos da ditadura.
Esta semana completaram-se 42 anos do golpe militar de 1964. O Brasil nunca mais foi o mesmo. Nenhum dos responsáveis por esse regime monstruoso foi punido. Dificilmente um país que não acerta contas com seu passado pode olhar de frente para seu presente.

Crise da Ditadura


- Desgaste : fim do “milagre econômico” : inflação, desemprego, salários baixos, aumento da dívida externa
- Longa permanência dos militares no poder
- “ Abertura lenta e segura”
- Lei da Anistia (1979): perdão dos crimes políticos e retorno dos exilados
- Oposição dos militares “linha dura” ao processo de abertura política
- Greves no ABC (1978) – líder Lula
- Eleições de 1982 : vitórias do MDB (oposição)
 

Milagre Econômico


No período entre 1969 e 1973, o crescimento econômico no Brasil alcançou níveis excepcionais, e por isso ficou conhecido como “Milagre Econômico”.

Em 1967, a economia dava sinais de recessão. Delfim Netto, então encarregado pela economia do país, passou a investir nas empresas estatais, nas áreas de siderurgia, petroquímica, geração de energia, entre outras. As medidas surtiram efeito, e os investimentos nas estatais renderam muitos lucros. O processo de industrialização finalmente havia chegado ao Brasil, gerando milhões de empregos. Em 1969, quando Emílio Garrastazu Médici assumiu a presidência, o “Milagre Econômico” acontecia. O processo de industrialização finalmente havia chegado ao Brasil, gerando milhões de empregos.




Como resultado, nos anos seguintes, a classe média teve aumentos consideráveis em sua renda, enquanto aumentava o abismo social no país. O aumento das desigualdades sociais e as divida externa assumida nessa época são as principais heranças do Milagre Econômico no Brasil.